Ditadura militar deixou legado econômico desastroso

Publicado em: 29/03/2016
Ditadura militar deixou legado econômico desastroso

A história se repete. O golpe contra a democracia é apenas o primeiro passo para o grande capital, nacional e estrangeiro, avançar sobre os direitos do trabalhador, acumular riquezas e concentrar ainda mais a renda do país. Assim foi no dia 1º de abril de 1964 (para outros historiadores, 31 de março). Os militares, com apoio da grande mídia, de empresários, banqueiros e especuladores internacionais e do governo dos EUA, derrubaram o governo democrático e popular de João Goulart.


A ditadura militar não deixou apenas um lastro político de retrocesso e obscurantismo, com a prisão, exílio, tortura e assassinato de milhares de brasileiros e brasileiras. O legado econômico também foi desastroso. Os generais deixaram o poder em 1983. Em 1979, a inflação no país disparou. Em seis anos, passou de 45% ao ano para 230%, chegando, em seguida, a quase 300% anual. A dívida externa cresceu, chegou a superar, pela primeira vez, a marca dos 100 bilhões de dólares, o que levou o governo a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em 1982.


O receituário do FMI trouxe mais arrocho salarial, desemprego e miséria. A concentração de renda foi a maior em toda a história. Sob o lema do Milagre Econômico, a renda dos 50% mais pobres da população cresceu 1% no período, enquanto a dos 5% mais ricos foi 72%. A ditadura deixou um legado econômico desastroso para o trabalhador, enriquecendo ainda mais banqueiros e empresários, elevando a miséria no campo e nas grandes cidades.

Não dá para esquecer. Golpe, nunca mais.