Dois anos de golpe: mais desempregados, menos carteira assinada

Publicado em: 19/04/2018
Dois anos de golpe: mais desempregados, menos carteira assinada

Dois anos atrás, uma inesquecível sessão da Câmara dos Deputados autorizou o prosseguimento do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, sob pretexto de "pedaladas" fiscais, mas com um vasto repertório de ataques ao governo. Muitos se declaravam indignados com o aumento do desemprego. No 1º de Maio de 2016, o senador Aécio Neves, por exemplo, disse se "solidarizar" com os mais de 10 milhões de desempregados no país, segundo ele vítimas da política econômica. Na mesma data, Marina Silva (Rede) disse que seria "o pior Dia do Trabalhador deste século". Porém, hoje, às vésperas do 1º de Maio de 2018, o número supera os 13 milhões.


No intervalo de praticamente dois anos, o Brasil sob Temer perdeu aproximadamente 1,4 milhão de postos de trabalho formais, de acordo com os números do IBGE. E "ganhou" 1,7 milhão de desempregados.


Embora o governo insista no discurso da "retomada", os dados do mercado de trabalho não autorizam prognósticos otimistas. No trimestre encerrado em abril de 2016, o país tinha 11,411 milhões de desempregados, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. Em dezembro do ano passado, depois da "reforma" trabalhista, que seria uma "solução" para o mercado, esse número subiu para 12,311 milhões. Em fevereiro último, atingiu 13,121 milhões.