É mais barato tratar do que atacar causa da doença, apontam especialistas

Publicado em: 18/12/2014
É mais barato tratar do que atacar  causa da doença, apontam especialistas

O segundo dia da 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, em Brasília, foi de debates e trabalhos em grupo sobre 24 temas que tratavam desde as mortes no ambiente de trabalho até os impactos causados pela precarização das condições trabalhistas.

    Em ao menos dois desses grupos, especialistas defenderam que, o Brasil ainda mantém um modelo de compensação do dano causado ao invés de atacar o foco da doença.


Essencialmente, por questões econômicas, conforme explicou o representante do Fórum Mundial da Saúde (FSMS), Armando de Negri, em uma das mesas de discussão.


“Mais de 70% das pessoas em reabilitação no Brasil não conseguem voltar em menos de 240 dias e isso as incapacita permanentemente para o mercado, porque elas permanecem por muito tempo fora. Nosso sistema cria a síndrome da incapacidade prolongada e é preciso lidar com isso de uma forma técnica, inteligente e com integralidade de atenção que decidimos para esse sistema e não conseguimos operar", pontuou Mônica de Lima, professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mônica lembrou que a demora não se resume ao tratamento, mas também à dificuldade em chegar à Previdência, depois em comprovar a dor ou as sequelas de um ambiente de trabalho degradante.


A 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora segue até hoje, quando apresentará o texto final do encontro.