Eduardo Cunha, a farsa da renúncia

Publicado em: 08/07/2016
Eduardo Cunha, a farsa da renúncia

A sociedade brasileira foi surpreendida, no início da tarde de ontem (07/07), com a renúncia de Eduardo Cunha, à presidência da Câmara Federal, cargo do qual ele já havia sido afastado desde o dia 5 de maio passado, por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), por causa de diversas irregularidades cometidas pelo parlamentar.


Um dos principais responsáveis pelo impeachment, por enquanto temporário, da presidente eleita Dilma Rousseff, o deputado Eduardo Cunha mais uma vez manobra para tentar escapar da cassação. Tudo não passa de uma grande farsa, montada pelo governo interino de Michel Temer. Uma tentativa de livrá-lo não apenas da perda do mandato, mas também da prisão.


Por enquanto, a renúncia só faz beneficiar um deputado contra quem há provas incontestáveis de corrupção, improbidade e formação de quadrilha. Que golpeou seriamente a democracia no Brasil, que representa ameaça à estabilidade política e econômica. Um parlamentar investigado pela operação Lava Jato e que tenta usar a condição de correligionário e amigo íntimo do presidente interino Michel Temer (PMDB-SP) para continuar gozando da impunidade.