Em meio à crise, quatro grandes bancos lucram R$ 20,85 bilhões

Em meio à recessão econômica que se instaurou no país nos últimos cinco meses, com aumento do desemprego, crescimento da desigualdade social, retração na projeção do PIB e sequências de alta nos preços do dólar e do combustível, os bancos permanecem lucrando. Só no primeiro trimestre de 2019, os lucros dos quatro grandes bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander), juntos, somaram R$ 20,85 bilhões, um crescimento médio de 19,8% em doze meses. A rentabilidade varia entre 16,8% (do Banco do Brasil) e 23,6% (Itaú). Os bancos seguem ganhando com a prestação de serviços e a cobrança de tarifas e, apenas no 1º trimestre de 2019, os quatro bancos já arrecadaram, aproximadamente, R$ 27,2 bilhões nesse item. Essa receita secundária cobre com folga as despesas de pessoal dessas instituições, incluindo-se, o pagamento da PLR. A cobertura das despesas de pessoal pela receita de prestação de serviços e tarifas variou entre 118,0% (no BB) e 195% (no Santander).
As apostas e os investimentos dos bancos seguem no sentido da priorização pelo atendimento digital. Agências digitais, agências-café (com outros espaços e serviços no mesmo ambiente do atendimento bancário – o que nos traz grandes preocupações quanto a segurança desses ambientes; além da condição de trabalho/saúde desses bancários), aplicativos para smartphones, inteligência artificial, entre outros.