Empossados os presidentes do BB, BNDES e CAIXA

Publicado em: 08/01/2019
Empossados os presidentes do BB, BNDES e CAIXA

Na última segunda-feira, dia 07/01, durante cerimônia realizada no Palácio do Planalto, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, nomeou o então economista, Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil. Novaes foi colega de Paulo Guedes, na Universidade de Chicago.


Na mesma cerimônia, realizada na presença do Presidente da República, também foram empossados Joaquim Levy, que comandará o BNDES e Pedro Guimarães, que presidirá a Caixa Econômica Federal.


O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou após cerimônia de posse, que a classe média terá de pagar juros de mercado para o financiamento habitacional. Ele disse também que vai "vender" até R$ 100 bilhões em operações de crédito imobiliário que a instituição possui aos agentes do mercado como forma de obter mais recursos. No BB, desde 2003, só foram nomeados funcionários de carreira para a presidência da instituição. Mas o atual presidente da República nomeou um quadro neoliberal e sem ligação com o banco, o que remete aos tempos do governo Fernando Henrique Cardoso, quando se intensificaram os ataques ao funcionalismo.


Durante o governo FHC (1995-2002), a atuação pública do banco e a quantidade de funcionários encolheram. O número de bancários caiu de 120 mil para 78 mil. Somente nos governos, Lula e Dilma, o número aumentou novamente para 120 mil funcionários, e o banco ganhou capilaridade para atuar em todas as regiões como banco de varejo e responsável pela economia. Mas, a visão neoliberal novamente tomou conta do banco a partir de 2016, quando o governo Temer assumiu. E o número atual já está abaixo de 100 mil funcionários.


Um exemplo nítido da importância do banco público e da ação do Estado na Economia, o Banco do Brasil é responsável por financiar a agricultura familiar por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que responde por 70% da produção de alimento consumido pelos brasileiros, a juros que variam entre 2,5% e 5,5% ao ano.