Estudo aponta: Pressão afeta saúde de bancários

Publicado em: 18/03/2016
Estudo aponta: Pressão afeta saúde de bancários

O aumento da hostilidade nas condições de trabalho tem provocado piora na saúde física e mental dos bancários do país. A revelação faz parte de pesquisa de mestrado da Unicamp concluída em fevereiro último pela economista e ex-bancária Taíse Cristina Gehm. No estudo, ela aponta que diversas transformações nas instituições financeiras, sobretudo entre os anos de 1990 e 2000, contribuíram para o aprofundamento da pressão nas relações de trabalho entre os profissionais. 


As causas predominantes do estresse no trabalho dos profissionais estão relacionadas com as alterações nas estratégias das instituições, iniciadas a partir da década de 1990, tais como: O aprofundamento do processo de automação, a externalização das atividades, como a terceirização e a introdução dos chamados correspondentes bancários e o estabelecimento de metas sobre vendas.


“O fim da inflação, a partir da década de 1990, provocou mudança na estrutura dos bancos. Com a estabilização da moeda, as instituições buscaram outras formas de rendimentos, adotando novas estratégias, que alteraram a própria natureza do que é ser bancário. A busca pela lucratividade e a redução de custos têm resultado em piores condições de trabalho, como maior pressão sobre os bancários e um ambiente de insegurança”, contextualiza a economista graduada pela Unicamp.