FENABAN EM SILÊNCIO E A GREVE CONTINUA

Os bancários chegam ao 28º dia de greve com o movimento crescendo em relação ao dia anterior diante da falta de proposta decente dos banqueiros, mesmo enfrentando forte repressão ao movimento por parte dos bancos.
Na sexta-feira (30/09), em todo o país foram 13.358 agências paralisadas, o que corresponde 57% do total e 34 centros administrativos.
Os bancos não têm mesmo qualquer desculpa para negar as reivindicações dos bancários. Além dos lucros semestrais terem chegado aos R$ 29,7 bilhões entre as cinco maiores empresas (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander), o setor continua a subir as taxas de juros para os clientes, garantindo assim mais dividendos. Neste ano, os juros só do cartão de crédito subiram 43,88% e chegaram aos 475% ao ano. Ou seja, se o sistema financeiro tivesse a mesma disponibilidade de reajustar os funcionários na mesma medida em que cobram taxas aos clientes, os bancários teriam bons avanços.
Porém, a realidade é inversa. As instituições preferem prejudicar tanto os correntistas quanto os funcionários, os verdadeiros provedores dos lucros. É muita maldade.
Os bancários acumularam uma redução salarial de 9,62% desde agosto do ano passado e os bancos recusam a fazer minimamente a correção disso. Os bancos oferecem 7%, o que vai causar uma perda de 2,39%.
A Fenaban ofereceu uma nova proposta na semana passada. Manteve os 7% de reajuste no piso e nas verbas salariais (auxílios e vales) e abono de R$ 3.500,00. Também quer que os bancários aceitem um compromisso de, no ano que vem, aceitarem um reajuste com aumento real de 0,5%.
Os bancários lutam por aumento real, compromisso dos bancos com o fim das demissões, por melhores condições de trabalho, pelo fim das metas abusivas entre outros avanços.