Fenaban faz proposta insuficiente

Publicado em: 07/10/2013
Fenaban faz proposta insuficiente

Depois de 16 dias de uma greve forte e do apelo dos Dirigentes Lojistas para que a Fenaban fechasse um acordo com os trabalhadores, a Fenaban apresentou uma proposta na última sexta-feira, dia 04 de outubro, que não atende à categoria bancária.


Além de um aumento real irrisório e de um reajuste na parte fixa da PLR que não muda nada nos bancos privados, a oferta dos banqueiros traz avanços ínfimos nas cláusulas relativas a segurança, saúde e condições de trabalho.


O Comando Nacional se reuniu após a negociação e decidiu orientar os bancários de todo o país a rejeitarem a proposta e continuem em greve por tempo indeterminado.


"Consideramos a proposta insuficiente diante do tamanho dos lucros e da rentabilidade dos bancos. Até setores da economia muito menos lucrativos estão fazendo acordos com seus trabalhadores com reajustes salariais maiores.


Os bancários estão fazendo a maior greve dos últimos 20 anos e os bancos têm condições de melhorar a proposta", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.


A categoria bancária está unida e mobilizada. Até mesmo no interior do país, a greve é forte com paralisação total de vários postos de trabalho. Os trabalhadores bancários querem o que lhes é de direito. E o direito deles é um reajuste com ganho real e melhores condições de trabalho. O sistema financeiro brasileiro deve isto aos bancários.


As principais reivindicações dos bancários


> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação);

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15;

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional);

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários;

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas;

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação;

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários;

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.