Fenaban marca nova rodada de negociações com o Comando Nacional dos Bancários hoje

Publicado em: 27/09/2016
Fenaban marca nova rodada de negociações com o Comando Nacional dos Bancários hoje

Depois de 11 dias de completo silêncio, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), enfim, resolveu voltar a negociar. Atendendo, à solicitação feita pelo Comando Nacional dos Bancários, ontem, segunda-feira (26/09), confirmou uma nova rodada de negociações para esta terça-feira (27/09), às 14h, em São Paulo.


Na sexta-feira (23/09), o Comando enviou um oficio a Fenaban para solicitar a volta das negociações da Campanha Nacional 2016. No texto, o Comando reforçou que, como os dirigentes sindicais estariam reunidos em São Paulo, na sede da Contraf-CUT, eles se colocavam à disposição para a retomada dos temas tratados na mesa de negociação. 


Ontem, quando os bancários chegaram ao 21º dia de greve, 13.420 agências e 33 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas. O número representa 57% das agências.

     A categoria espera um posicionamento diferente dos banqueiros. Mais respeito e uma proposta decente, que contemple as cláusulas sociais e econômicas da pauta.


Os bancários querem reajuste salarial de 14,62% (aumento real de 5% mais inflação de 9,62%), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, piso de R$ 3.940,24 (salário mínimo do Dieese), auxílio-educação, fim das demissões, contratações, investimento em segurança e melhores condições de trabalho. O setor mais lucrativo da economia nacional pode atender.


De acordo com a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), divulgada ontem (26/09) pela Contraf-CUT, de janeiro a agosto de 2016, foram encerrados 9.104 postos de trabalho nos bancos brasileiros, sendo a maioria em São Paulo e no Rio de Janeiro. Isso representa um aumento de 51,7% em relação ao número de postos fechados no mesmo período em 2015, quando foram extintos 6.003 postos. E equivale à quase totalidade dos postos fechados em todo o ano passado (9.886).


De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) São Paulo foi o estado onde ocorreram mais cortes (4.498 postos, quase 49,4% do total de postos fechados), seguido pelo Rio de Janeiro, que fechou 1.410 postos (15,5%), o Paraná, com 645 postos de trabalho bancário extintos (7,1%) e Minas Gerais (620 postos ou 6,8% do total).


Somente quatro estados registraram saldo positivo no emprego bancário, com destaque para o Pará com 102 postos abertos.