Fim do descomissionamento arbitrário: uma luta pela dignidade do trabalho na Caixa

O que está acontecendo atualmente na Superintendência Regional Rio de Janeiro Norte é uma demonstração clara do respaldo dado pelo RH 184 às perseguições e afastamentos de função por motivos alheios ao desempenho dos comissionados. Depois de afirmar em sua posse que “em cabeça de gestor não cabe boné de sindicalista e que por isso muita gente iria ficar no meio do caminho”, o superintendente retirou a função de três gerentes e rebaixou outro que obteve o segundo melhor resultado da SR Norte. O “crime” deles? Terem participado ativamente das mobilizações da Campanha Nacional dos Bancários de 2016, que, entre outras reivindicações, pedia o fim dos descomissionamentos arbitrários.
Casos como esses e outros absurdos, como o descomissionamento de mulheres grávidas, só são possíveis porque o RH 184 dá legitimidade a medidas discricionárias, já que não há critérios técnicos que embasem decisões de cima para baixo, e que não levam em conta a dignidade e respeito ao trabalhador. Antes de ter uma função, o bancário da Caixa é um empregado concursado, comprometido com a empresa e que tem todo o interesse em manter sua função, que representa parte importante e significativa de seu salário. Segundo informações do Sindicato dos Bancários do Rio, à época das paralisações, gestores da Superintendência Regional Sul sofreram retaliações, perdendo suas eventualidades e oportunidades de substituição. Muitos foram transferidos de unidades. Gestores da Superintendência Oeste foram perseguidos e ameaçados.