Forte mobilização da classe trabalhadora evitou a votação do PL que libera terceirização sem limites

Publicado em: 22/03/2017
Forte mobilização da classe trabalhadora evitou a votação do PL que libera terceirização sem limites

Ontem, dia 21/03, uma forte mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras de todo o país contra a retirada de direitos e a fragilização dos acordos coletivos, evitou a votação do PL 4302/98, que libera totalmente a terceirização sem limites.     O projeto que transforma o trabalho temporário em outro mecanismo de precarização e condena ainda mais jovens e mulheres no mundo do trabalho, foi desenterrado por esse Congresso e sua última tramitação foi no ano de 2002.


A votação foi adiada e está prevista para esta quarta-feira (22). Atendendo o chamado da Contraf-CUT, os bancários de todo Brasil vão permanecer em Brasília no enfrentamento à tramitação do PL que libera a terceirização irrestrita. Centrais pressionam para tirar projeto da pauta.


Caso aprovado, o projeto irá direto para a sanção do presidente ilegítimo Michel Temer. Ele permitirá, na prática, que trabalhadores e trabalhadoras contratados por uma determinada empresa possam ser substituídos por funcionários temporários e/ou terceirizados, piorando ainda mais as já precárias relações de trabalho no Brasil.


É só perguntar ao terceirizado. O salário é menor. Também não tem direito a aviso prévio, 13º salário, férias, seguro-desemprego, FGTS e multa de 40% nos casos de demissão sem justa causa. Resumindo, não tem nenhuma garantia. Como as empresas fogem da responsabilidade, só vão contratar terceirizado.


A estimativa é de que número salte dos atuais 13 milhões para mais de 52 milhões. Os acidentes de trabalho também tendem a crescer. No Brasil, 560 mil trabalhadores acidentados são terceirizados, contra 140 mil formais. Os dados são da Associação Latino-americana da Justiça do Trabalho.