Funcionário do Itaú Unibanco ganha ação de 7ª e 8ª horas

“Parecia médico”, foi como a esposa de um funcionário do Itaú descreveu a vida do marido no banco. Tarao Nihi passou 37 anos trabalhando oito horas por dia e à disposição em muitos finais de semana. O trabalhador que nunca teve a jornada bancária de seis horas, acaba de ganhar na Justiça indenização sobre as 7ª e 8ª horas excedentes relativas ao período.
Ao se aposentar, o assessor de informática tentou um acordo com o Itaú, que negou qualquer conversa, apesar de tanto tempo de casa. Foi então que, inconformado, procurou o sindicato para assistência jurídica e aí a injustiça foi reparada.
A Decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região de São Paulo, confirmou a sentença da primeira instância ao condenar o Itaú a pagar as horas extras excedentes à 6ª diária. A desembargadora Cintia Táffari concluiu que as atividades de Tarao eram subordinadas à gerência, sem qualquer influência administrativa, funcional ou técnica sobre qualquer outro empregado. “Ainda que seja relevante o cargo exercido, dotado de responsabilidade, relativo à área de analista de sistemas, isto se deve à grande especificidade técnica, decorre da função exercida e não pela investidura de qualquer grau maior de confiança”, afirma a relatora.