Fundos de pensão estão ameaçados

Publicado em: 08/06/2016
Fundos de pensão estão ameaçados

Se alguém ainda duvidava das pretensões de Michel Temer de entregar as estatais e os fundos de pensão ao mercado, agora a ficha caiu. O presidente interino suspendeu de forma arbitrária e antidemocrática qualquer nomeação em empresas e fundos de pensão públicos até que o PLP 268/16 (Projeto de Lei Complementar) passe pela Câmara Federal. De forma explícita, Temer pressiona a aprovação da matéria com rapidez. O texto obriga os fundos de pensão a nomear diretores e presidentes de estatais e fundos de pensão apenas através de critérios técnicos e em processos seletivos públicos conduzidos por empresas especializadas.


Com a medida, os trabalhadores podem perder representatividade, já que o projeto que passou no Senado tenta acabar com a eleição de diretores para os fundos e reduzir a um terço a representação dos participantes nos Conselhos Deliberativo e Fiscal dos organismos.


O fato não deixa dúvida. A intenção é entregar ao mercado fundos de pensão, como Funcef (Caixa) e Previ (Banco do Brasil), que trabalham atualmente em regime de paridade nos conselhos e com eleição de metade dos diretores.