Gestores do Itaú Unibanco dificultam férias

Publicado em: 10/07/2014
Gestores do Itaú Unibanco dificultam férias

Funcionários reclamam que estão sendo pressionados a não tirar os 30 dias assegurados pela lei.


Uma das conquistas mais caras à classe trabalhadora está sendo desrespeitada no Itaú. Diversos bancários reclamaram que os gestores têm pressionado para que eles não tirem os 30 dias de férias a que têm direito.

    Os funcionários contam que ficam inibidos de pedir para usufruir dos 30 dias, por isto acabam tirando 20 e vendendo os outros dez, mesmo contra a sua vontade. É um desrespeito ao trabalhador e um atentado à sua qualidade de vida.

    Isso é fruto da falta de funcionários e das metas cada vez maiores. É mais uma consequência da política de demissões que o Itaú vem praticando, apesar do lucro bilionário. Como faltam bancários nas agências e departamentos, os gestores pressionam para que encurtem as férias. Além disso, as agências têm metas absurdas e a falta de um funcionário prejudica o rendimento da unidade, mais um motivo para que os gerentes incitem os trabalhadores a abrir mão de seu descanso.

Lucro e demissões - Apenas no primeiro trimestre deste ano, o Itaú alcançou lucro líquido de R$ 4,5 bilhões, um crescimento de 29% em relação aos primeiros três meses de 2013. No mesmo período, cortou 733 vagas de emprego em todo o país. Considerando os últimos 12 meses, já são 2.759 postos de trabalho extintos no maior banco privado do país.