Golpe de 2016 dificulta negociação da categoria

Os bancários, assim como todos os demais trabalhadores, precisam levar em conta que a realidade política brasileira aumenta, e muito, o grau de dificuldade da campanha salarial deste ano. Por isso mesmo, mais do que nunca se fazem necessárias unidade e mobilização máximas da categoria, para impedir retrocessos e, com a luta ampliada, tentar alcançar avanços, o que já seria uma grande vitória.
A conjuntura, marcada pela hegemonia total do grande capital, especialmente o financeiro, é bastante desfavorável para os trabalhadores. Não é em vão que o objetivo principal na campanha salarial deste ano é justamente a manutenção de direitos históricos conquistados com muita luta. Inclusive, isso ficou evidente na pesquisa realizada entre os bancários e bancárias.
A consulta revelou ainda que a categoria também considera fundamental a garantia do emprego e o aumento real de salário.
A interrupção da democracia, com o golpe jurídico-parlamentar-midiático de 2016, ocorreu justamente para acabar com qualquer participação das representações dos trabalhadores na condução das políticas públicas e impor um governo antipopular, voltado única e exclusivamente para os interesses do mercado. Sem dúvida, a situação é difícil, mas evidentemente pode ser superada com a vontade e a determinação do conjunto da categoria.