Governo Temer balança. Pesquisa Datafolha aponta que 63% da população quer eleger sucessor imediatamente

Publicado em: 13/12/2016
Governo Temer balança. Pesquisa Datafolha aponta que 63% da população quer eleger sucessor imediatamente

Sempre se manipulou o que seria a voz das ruas. No golpe de 1964 se criou na opinião pública um clima de isolamento total do presidente João Goulart, de consenso geral pela derrubada do seu governo, o que salvaria a democracia da subversão. Muito tempo depois, já depois da ditadura que seguiu à sua queda, a mais cruel da história do Brasil, revelou-se que pesquisa do Ibope, não publicada naquele momento, mostrava o amplo apoio popular ao governo Jango e como as manifestações de rua da direita expressavam apenas o apoio dos setores radicalizados da classe média, instrumentalizados pela mídia e por setores da igreja católica para preparar o clima do golpe.


Quando Dilma foi eleita, no final de 2014, 74% dos brasileiros consideravam que sua vida tinha melhorado desde 2003, ano em que se iniciava o primeiro mandato de Lula. Um índice muito superior ao da votação recebida por Dilma no segundo turno. Quando foi realizada a vergonhosa votação pelo seu impeachment na Câmara, em abril deste ano, essa cifra tinha baixado à metade. Ou seja, a brutal campanha da mídia tinha apagado da cabeça de muita gente como suas vidas tinham melhorado ao longo dos governos petistas.


Na mais recente pesquisa Vox Populi, o índice dos que consideram que sua vida melhorou desde o começo dos governos do PT subiu para 56%, ao mesmo tempo que o apoio a Lula segue subindo, chegando a 34%, dois índices que refletem o mesmo fenômeno: conforme as pessoas vão perdendo os direitos adquiridos e conforme arrefece a campanha da mídia, a consciência de quanto sua vida tinha melhorado aflora de novo com força. Um índice que tende a subir cada vez mais, ficando pelo menos próximo dos 74% de fins de 2014, acompanhado pelo índice de apoio ao Lula.


No domingo (11/12), uma nova pesquisa Datafolha, feita antes da divulgação de vazamentos para a mídia da delação de um diretor da Odebrecht, que atinge Michel Temer e a cúpula do governo, revela que 63% dos brasileiros querem sua saída imediata e diretas já – número que deve crescer conforme a repercussão das denúncias forem avançando.