Governo volta a pressionar bancos a cortar juros e ampliar crédito

Os bancos reduziram pouco os juros cobrados do tomador final, mesmo depois que o Governo os pressionou para que fizessem o repasse da queda da taxa Selic para o custo final do dinheiro. Ontem o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, chamou os dirigentes dos maiores bancos públicos e privados para dizer que eles não fizeram o bastante. "Houve uma melhora, mas não a contento", disse uma fonte da Fazenda.
Estavam presentes à reunião o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini e os presidentes do Banco do Brasil, Aldemir Bendine e da Caixa, Jorge Hereda. Do setor privado, participaram do encontro Júlio Araújo, vice-presidente do Bradesco; Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco; Marcial Portela, presidente do Santander; Silvio Aparecido de Carvalho, vice-presidente do Safra; Hélio Lima Magalhães, presidente do Citibank; André Brandão, presidente do HSBC; e Pérsio Arida, vice-presidente do BTG.
Mantega deixou claro, tanto para os bancos públicos quanto para os privados, que o governo vê espaço para movimentos mais ousados de aumento da oferta de crédito.