Greve arranca nova negociação com Fenaban

Publicado em: 09/10/2013
Greve arranca nova negociação com Fenaban

A força da greve nacional dos bancários, que completa 21 dias hoje, 09/10, arrancou uma nova negociação entre o Comando Nacional, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), para ocorrer nesta quinta-feira (10/10), às 10 horas, em São Paulo.


A nova rodada foi marcada após a rejeição da proposta de reajuste salarial de 7,1% apresentada pelos bancos na última sexta-feira (04/10), que foi considerada insuficiente pela categoria.


Durante todo o processo de negociações da Campanha 2013, iniciado no mês de agosto, os bancos apresentaram somente duas propostas. A primeira, feita no dia 05 de setembro, foi o reajuste de 6,1% que só repõe a inflação pelo INPC no período e ignorou as demais reivindicações da categoria, tendo sido rejeitada em todo país e motivando a deflagração da greve a partir do dia 19 de setembro. A segunda proposta foi a da última sexta-feira, 04/10.


Ontem (08/10), no 20º dia de greve, os bancários paralisaram 11.748 agências, centros administrativos e call centers em todos os 26 estados e no Distrito Federal, um crescimento de 91,1% em relação ao primeiro dia da paralisação, quando 6.145 dependências foram fechadas.


"Não é à toa que a força do movimento afetou as vendas do comércio e a concessão de financiamentos, o que comprova a importância do trabalho da categoria para o atendimento da população e a geração dos resultados dos bancos", destaca Carlos Cordeiro.


As principais reivindicações dos bancários


> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese)

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678,00 ao mês para cada (salário ínimo nacional)

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras