GREVE ARRANCA NOVA NEGOCIAÇÃO HOJE

A Fenaban entrou em contato com a Contraf-CUT no começo da noite de ontem (19/101), para chamar o Comando Nacional dos Bancários para uma nova rodada de negociação da Campanha 2015, a ser realizada hoje (20/10) às 16h, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.
A reabertura do processo de negociação acontece no 14º dia da greve nacional da categoria, que vem crescendo a cada dia.
Nesta segunda, 12.496 agências e 40 centros administrativos paralisaram suas atividades nos 26 estados e no Distrito Federal. Hoje em Petrópolis, as agências do Bradesco, Caixa e Banco do Brasil, ficaram fechadas durante o dia.
Segundo Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, “os banqueiros fizeram contato via e-mail, no fim do expediente, nos convidando a retomar as negociações, informou. Nossa expectativa é que eles saiam daquela linha de um reajuste muito abaixo da inflação com abono, pois sabemos que é prejudicial para a carreira dos bancários e das bancárias. Nós queremos a reposição da inflação, mais ganhos real. Isso é o que todo bancário e toda bancária, que estão há 14 dias de greve, desejam ouvir", completou.
A categoria além da reposição da inflação e do ganho real, também reivindica a reposição de emprego, segurança para trabalhar nos locais de trabalho, com saúde, igualdade de oportunidade, temas que ficaram sem respostas nas mesas de negociação.
A paralisação deste ano já é uma das mais fortes desde 2004. A categoria demostrou disposição para manter e ampliar o movimento. Braços cruzados significam prejuízo para os bancos.
O setor mais lucrativo da economia nacional, colocou nos cofres R$ 36,3 bilhões no primeiro semestre (crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado), ofereceu 5,5% de reajuste salarial.
Os clientes participam deste cálculo, com o pagamento de tarifas e prestação de serviços. De acordo com a Associação de Consumidores Proteste, as tarifas cobradas pelos oito maiores bancos do país entre 2013 e 2015 cresceram até 169%. Segundo a pesquisa feita pela Fundação Procon, os juros do cheque especial atingiram em outubro média de 12,28% ao mês, a maior desde setembro de 1995. No mês anterior, a média estava em 11,9% ao mês, números que assustam qualquer um.