Greve completa uma semana

Publicado em: 26/09/2013
Greve completa uma semana

Os bancários, em greve nacional há sete dias, continuam ampliando e intensificando a paralisação da categoria em todo o país. Ontem, quarta-feira (25/09), 10.024 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados foram paralisados nos 26 estados e no Distrito Federal.


Trabalhadores de setores estratégicos também aderiram à greve, com destaque para a paralisação de call centers.


A greve nacional foi deflagrada na última quinta-feira (19/09) e como nos anos anteriores, vem crescendo a cada dia. No primeiro dia foram fechados 6.145 unidades, subindo para 7.282 no segundo dia, 9.015 no quinto dia e 9.665 unidades no sexto dia. Trata-se de um crescimento de 63,12% em relação ao primeiro dia de greve.


A (única) proposta da Fenaban de reajuste de 6,1%, que repõe apenas a inflação do período, foi apresentada no dia 05 de setembro e foi rejeitada pelos bancários em assembleias realizadas dia 12, em todo o país.


O Comando Nacional, que representa 95% dos bancários de todo o Brasil, vai se reunir nesta quinta-feira (26/09), em São Paulo, para fazer uma avaliação da primeira semana de greve e definir formas de ampliar e fortalecer ainda mais o movimento.


Além de paralisar as atividades, os bancários vêm intensificando a realização de passeatas e manifestações em todo o país. Na terça-feira, dia 24/09, ocorreram caminhadas em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Campo Grande.


As principais reivindicações dos bancários são:


- Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação);

- PLR: três salários mais R$ 5.553,15;

- Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese);

- Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional);

- Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários;

- Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas;

- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;

- Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação;

- Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários;

- Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.