GREVE GERAL - Petrópolis no Mapa Nacional da Greve Geral

A greve geral, realizada na sexta-feira, dia 28/4, foi um sucesso e já é considerada por muitos a maior greve geral da história! Os trabalhadores e trabalhadoras de Petrópolis fizeram sua parte, construindo uma grande greve que também entra para a história de nossa cidade.
As paralisações começaram ainda de madrugada, quando os rodoviários cruzaram os braços e nenhum ônibus saiu das garagens. A cidade amanheceu silenciosa e deserta, com um cenário típico de um feriado chuvoso, mas dessa vez sem ônibus circulando pelas ruas. Com a paralisação dos ônibus, poucas pessoas chegaram ao centro e o comércio continuou de portas fechadas. Logo nas primeiras horas da manhã, bancários e vigilantes se uniram para paralisar as agências bancárias, que mantiveram as portas fechadas por todo o dia. Escolas e universidades também não funcionaram.
Para completar, no final da tarde, centenas de pessoas se uniram na Praça da Inconfidência em um grande ato, dando exemplo de união, democracia e cidadania. Pessoas de diferentes categorias (incluindo estudantes), diferentes idades, classes e religiões, uniram forças para mostrar que o povo, em toda sua diversidade, é contra às reformas trabalhista e previdenciária, que não trazem, em nenhum ponto, melhorias para os milhões de brasileiros e brasileiras, pelo contrário, as reformas propostas pelo governo golpista do Temer é um ataque aos direitos e conquistas de todos trabalhadores. Durante o ato, os participantes saíram em uma enorme e pacífica passeata até a praça D. Pedro, onde ficaram por mais alguns minutos.
Infelizmente o dia não foi marcado apenas por vitórias e exemplos positivos de união e democracia, como a dos companheiros rodoviários. Alguns funcionários do Banco do Brasil (agência Petrópolis 0080, na Paulo Barbosa), de forma egoísta, covarde e irresponsável, chamaram a polícia militar, para trabalhar. “Para vermos como são as coisas, nas portas das garagens das companhias de ônibus, policiais militares foram chamados para impedir a greve, tal qual no BB, sendo que lá, a PM foi chamada pelos donos das empresas, enquanto no BB, a polícia foi chamada pelos próprios funcionários.
Uma vergonha para toda a classe trabalhadora”, disse Marcos Alvarenga, presidente do Sindicato e funcionário do BB. “A PM, ao chegar nas portas das garagens, disse que estava ali para garantir que todos trabalhassem, mas foi surpreendida pelos trabalhadores rodoviários que, nesse momento, disseram que todos estavam aderindo à greve. Um exemplo de consciência social e maturidade democrática”, acrescentou Alvarenga.
Vale salientar que todas as manifestações ocorreram de forma pacífica e, ao contrário do que parte da imprensa divulgou, nenhum ônibus foi apedrejado.
Agora, sigamos em união, pois a luta contra essas reformas que prejudica o povo brasileiro está apenas no início. JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!