Greve Nacional fechou 9.092 agências bancárias na última sexta-feira

A greve nacional se alastra a cada dia. Na última sexta-feira, dia 21/09, quarto dia do movimento, 9.092 agências e centros administrativos foram fechados nos 26 estados e no Distrito Federal, segundo balanço da Contraf-CUT a partir das informações passadas pelos 123 sindicatos e dez federações que integram o Comando Nacional.
Em Petrópolis, vinte e cinco agências bancárias permaneceram fechadas entre o centro da cidade e os distritos, totalizando 80% do efetivo paralisado.
Na reunião que aconteceu na sexta-feira, o Comando Nacional avaliou que o crescimento da greve é consistente em todo o país, principalmente nos bancos privados e orientou os sindicatos a intensificarem a mobilização em todas as bases, de forma a forçar a Fenaban a romper o silêncio e retomar as negociações.
Os bancos perderam mais uma grande oportunidade para retomar as negociações e apresentar nova proposta aos bancários, ignorando a presença do Comando Nacional em São Paulo durante toda o dia. Essa intransigência aumenta a indignação da categoria e vai intensificar a greve nacional na próxima semana. A advertência foi feita pelo Presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, ao final da reunião do Comando Nacional realizada no último dia 21 (sexta-feira), para avaliar a paralisação e intensificar o movimento nos próximos dias.
"Os bancos erraram ao apostarem no fracasso da paralisação. A resposta dos trabalhadores está aí, com uma greve ainda mais forte que nos anos anteriores", conclui Carlos Cordeiro.
A mobilização dos bancários, entra no sétimo dia de greve sem perder força. Logo no início desta segunda-feira, dia 24/09, a greve ganha um fôlego extra. Na sexta (21/09), a categoria, debaixo de uma forte chuva, participou do ato unificado com os empregados dos Correios e os Petroleiros, seguido de uma passeata pela Avenida Rio Branco no RJ. Foi destacado a importância da unidade da classe trabalhadora para o fortalecimento das campanhas salariais.
“É importante unificar as lutas das categorias. O governo federal, que é benevolente com os empresários concedendo isenções fiscais e os bancos, que fazem parte do setor mais lucrativo do país, têm todas as condições de atender às reivindicações dos trabalhadores”, disse o diretor do Sindicato e da CUT/RJ Marcello Azevedo.