Greve se fortalece no 3º dia de paralisação

Com total descaso dos bancos e sem uma proposta decente que contemple reposição da inflação e aumento real, a greve dos bancários em todo o Brasil ganha maior dimensão.
Neste terceiro dia de paralisações, a greve contou com o fechamento de 10.369 locais de trabalho entre agências e centros administrativos.
A postura dos banqueiros de impor perdas salariais provocou insatisfação generalizada entre os bancários, que ficaram indignados e respondem com mobilização. Ontem, a greve ganhou volume nos 26 Estados da Federação e no Distrito Federal, mais 1.606 agências tiveram suas atividades paralisadas.
Hoje (09/10) em Petrópolis, todas as agências do Bradesco, Caixa e BB estarão fechadas durante todo o dia.
Até o momento a Fenaban não se dispôs a apresentar nenhuma proposta justa para os trabalhadores. O setor que mais lucra no país ofereceu reajuste ilusório de 5,5%, o que representa perda de 4% diante da inflação e um abono de R$ 2,5 mil, que será pago uma vez só, ou seja, não tem efeito nos cálculos do FGTS, 13º salário ou da aposentadoria.
Principais reivindicações dos bancários:
- Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;
- Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;
- Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
- Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs);
- Reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real);
- PLR: 3 salários mais R$7.246,82 e Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
- Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).