HSBC reconhece necessidade de negociação efetiva: PLR não terá desconto

A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram processo de negociação com o HSBC na última terça-feira (19) e criticaram as ações unilaterais tomadas pelo banco, especialmente em relação ao Plano de Saúde, ao Programa de Participação nos Resultados (PPR) próprio do banco, além da implementação da Previdência Complementar, elaborada sem a participação do movimento sindical e que exclui a maior parte dos funcionários.
Depois de uma série de reuniões sem que o HSBC apresentasse efetividade nas propostas, os representantes do banco reconheceram a necessidade de um processo negocial mais efetivo. Entre os representantes do banco estiveram o seu presidente, André Brandão e o diretor de recursos Humanos para América Latina, João Rached.
O banco anunciou que pagará integralmente a PLR, regra básica mais adicional no valor próximo ao pago na primeira parcela, cerca de R$ 600,00. O pagamento será efetivado em 27 de fevereiro. O valor exato, porém, depende do fechamento do balanço do banco, que será publicado até início de março.
O banco fez alterações unilaterais no plano de saúde em janeiro prejudiciais para os funcionários, retirando direitos do pessoal da ativa e dos aposentados. Além dos reajustes que encarecerão o custo dos trabalhadores, o banco está criando uma nova divisão entre os bancários: os que são beneficiados pela Lei Federal no 9.656/98 e têm direito a manutenção do plano de saúde (seis meses a dois anos) por contribuírem mensalmente e os que não terão a chance de contribuir e, por isso, não poderão usufruir da manutenção para além do que determina a convenção coletiva (máximo de 270 dias).
A proposta do movimento sindical é a suspensão das mudanças e o início do processo de negociação. Há sete anos o banco não negocia melhorias no plano de saúde com o movimento sindical. Até 2005 havia uma negociação sistemática para discutir temas como reajuste, melhorias e ampliação dos benefícios no plano. Sem negociação, o HSBC vem fazendo as mudanças unilateralmente. O banco irá avaliar as propostas e uma nova reunião sendo marcada para a primeira quinzena de março para tratar sobre o assunto.