Informalidade derruba a renda dos brasileiros

A onda de empregos informais no Brasil surge sem direitos essenciais, ambiente de trabalho precário, queda nos salários e falta de proteção social aos trabalhadores. Acabou também a possibilidade de comprovação de renda, de forma que o acesso a produtos bancários ficam com juros ainda maiores, o que gera um superendividamento.
Segundo o Banco Central, quem complementa a renda com cartão de crédito ou cheque especial tem de ficar atento. Se pagar o mínimo da fatura, os juros passam dos 320,4% ao ano, e se não pagar nem o mínimo, os juros podem chegar a 960,9%, mesmo com a taxa Selic a 6,5%. Absurdo.
O total de trabalhadores na informalidade passou de 10,2 milhões para 10,7 milhões entre 2017 e 2018. A renda média dessas pessoas caiu 4,1%, de R$ 1.284,00 para R$ 1.231,00, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Uma situação realmente perversa, reflexo da política de austeridade e da reforma trabalhista.
A nova configuração faz os trabalhadores reconfigurarem o ambiente familiar, as despesas e, consequentemente, o padrão de vida, afetando, inclusive, na saúde e na alimentação.