Itaú impõe aumentos extorsivos nos planos de saúde

O Itaú lucrou R$ 24,8 bilhões em 2017, crescimento de 12,3% em relação a 2016. Foi o maior resultado de todos os tempos, obtido por meio do esforço e a custa da saúde e de afastamentos médicos de muitos dos seus trabalhadores. E qual foi a recompensa do banco pelas cobranças por metas e o assédio moral na busca pelo maior resultado da história do país? Os convênios médico e odontológico oferecidos aos funcionários da ativa, aposentados e dependentes sofreram reajustes muito acima dos salários e da inflação.
No período de 12 meses encerrado em fevereiro último, o índice de preços medido pelo IBGE (IPCA) ficou em 2,84%. Os salários tiveram aumento de 2,75% no ano passado. Mas os planos de saúde serão reajustados em 16,89%. Os funcionários contratados depois de 30 de novembro de 2015 terão de arcar com esse reajuste para cada um dos dependentes. Os que foram contratados antes dessa data terão reajuste único, independente do número de dependentes. Os novos valores serão aplicados a partir da mensalidade de abril de 2018, descontada em 27 de março.
Desde 2010 o Itaú se recusa a negociar a renovação do acordo coletivo especifico para o plano de saúde. A intenção do banco é clara: obter eficiência e lucro retirando direitos e conquistas dos bancários.