Itaú Unibanco: Dirigentes sindicais apresentam problemas do Agir à direção do banco

Publicado em: 17/07/2015
Itaú Unibanco: Dirigentes sindicais apresentam problemas do Agir à direção do banco

    O programa de Ação Gerencial Itaú de Resultados (Agir) para os bancários do setor operacional foi o temas centrais da reunião, na quarta-feira (15), entre a Contraf-CUT, a Comissão dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco, federações e sindicatos de todo o Brasil com a direção do banco, em São Paulo.

    Os dirigentes sindicais levantaram algumas ponderações que deixam clara a necessidade de mudança dentro do programa. Jair Alves, coordenador do COE, apontou as férias e os afastamentos por licenças médicas como problemas na apuração das metas. "Em muitos casos, os funcionários são obrigados a retirar apenas 20 dias de férias. E, antes de sair, tem de dar conta da meta de um mês em apenas dez dias. No afastamento, é ainda pior.     É impossível fazer uma meta de seis meses em um mês. Por isso, o funcionário não pode ser cobrado dentro do programa. Ele precisa passar por um período de readaptação ao trabalho", completou.

    Na terça-feira (14), os representantes dos trabalhadores se reuniram na sede da Contraf-CUT para discutir a proposta de readaptação profissional, que o banco apresentou no mês passado. O movimento sindical critica o formato unilateral da proposta e pede participação. Para os dirigentes sindicais, o projeto não devia ser de readaptação e sim de retorno ao trabalho. "O projeto está muito centrado em duas reuniões que têm médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Enquanto no resto do País, o atendimento será terceirizado", questionou Josenilda de Jesus,  da Fetraf-RJ/ES.

    Outro problema é o repasse de responsabilidade do CAT para o gestor da agência sem que o mesmo tenha conhecimento técnico. Eduardo Munhoz Baptista, da Fetraf Rio Grande do Sul, conta que os trabalhadores precisam de um programa em que a finalidade seja de adaptar o trabalho e o local de serviço às limitações e nova realidade do funcionário quando volta do INSS. "O programa não se preocupa com a doença causada pelo trabalho no banco. Quer apenas que o trabalhador se adapte à função, sem levar em conta a patologia. E fique apto para ser demitido", afirmou Eduardo.