Justiça condena Itaú a pagar R$ 2,2 milhões de indenização a bancária aposentada por invalidez

A 2ª Vara do Trabalho de Campinas condenou o Itaú, recentemente, a pagar indenização de R$ 2,2 milhões por danos morais e materiais à uma bancária aposentada por invalidez aos 36 anos. E mais: o Itaú terá que custear todas as despesas médicas do tratamento de forma vitalícia. A ação contra o Itaú, ingressada pelo Sindicato dos Bancários de Campinas e Região, tramitou durante 10 anos e agora não cabe mais recursos.
Para a Justiça do Trabalho, a perda da capacidade laborativa, em decorrência de uma tenossinovite, teve nexo de causalidade com a atividade exercida pela bancária. De acordo com a sentença, o Itaú teve culpa no agravamento da doença, até o ponto de resultar em invalidez total para o trabalho.
O drama da bancária do Itaú não é isolado, único. “As chamadas Lesões por Esforços Repetitivos (LER) atingem toda a categoria, principalmente em função da cobrança por metas abusivas e até da falta de estrutura para o desempenho das funções exigidas. Resultado: bancário adoecido, bancário lesionado, bancário condenado à invalidez. A decisão da Justiça representa uma conquista. Porém, é preciso melhores condições de trabalho. É possível produzir sem adoecer o trabalhador bancário.
A mobilização da categoria, a cada Campanha Nacional, busca construir um ambiente de trabalho mais saudável”, destaca o secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, Mauri Sérgio.