Legado de Temer baseia-se na perda de direitos

A reforma trabalhista e os danos causados aos empregados fazem parte de uma novela que parece não ter fim. Depois da nova lei, houve queda de 74% do número de acordos trabalhistas. Apenas 4,1 mil negociações foram protocoladas e concluídas no MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) nos cinco primeiros meses de 2018 contra 15,6 mil em 2017.
As convenções coletivas válidas para toda uma categoria obtiveram recuo de 84% e os acordos coletivos que são fechados por empresa caíram em 72%. Outro dado negativo é que apenas 447 convenções foram concluídas de janeiro a abril de 2018. Redução de 42,9% em relação ao mesmo período em 2017. Já entre de janeiro a abril do ano passado, os acordos coletivos entre sindicatos e uma ou mais empresas foram somente 3.402, queda de 27,2%. As informações são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Já que a CLT foi rasgada por Temer, as empresas sentem-se no direito de deitar e rolar com os trabalhadores. Além de ter criado obstáculos aparentemente intransponíveis, com a nova legislação, para o requerimento de direitos trabalhistas de forma judicial.