Maior fortuna do HSBC na Suíça tem elo com privatizações de FHC

Publicado em: 06/04/2015
Maior fortuna do HSBC na Suíça tem elo com privatizações de FHC

De todos os sobrenomes de brasileiros envolvidos no chamado 'Swissleaks', nenhum chama tanta atenção quanto Steinbruch.


Ao todo, a chamada 'Família Steinbruch' possuía nada menos que US$ 543 milhões depositados na filial de Genebra, na Suíça, do HSBC. Capitaneada por Benjamin, o mais notório integrante do clã, a família prosperou como um foguete na era das privatizações, durante os oito anos do governo FHC.


Antes dos anos 90, os Steinbruch possuíam apenas um grupo têxtil, o Vicunha, que enfrentava as dificuldades decorrentes do processo de abertura econômica.


Com a chegada de FHC ao poder, no entanto, Benjamin enxergou a grande oportunidade para uma guinada completa nos negócios da família. Com as privatizações, o grupo Vicunha conseguiu arrematar três ícones da era estatal: a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Light e até a Vale.


Coincidência ou não, Benjamin contratou em 1995, primeiro ano do governo FHC, ninguém menos do que Paulo Henrique Cardoso, filho do ex-presidente, como assessor especial. Em 11 de maio de 1997, Steinbruch já era retratado pela Folha de S. Paulo, em reportagem de Igor Gielow, como o primeiro "megaempresário" gerado na era tucana.