MANIFESTO EM DEFESA DO SAÚDE CAIXA

Desde a década de 1960, nós trabalhadores da Caixa contamos com a
assistência médica fornecida pelo empregador. Antes chamado de PAMS, foi
em 2004 que o atual modelo de custeio se consolidou no nosso Saúde Caixa,
que entrou em vigor após intenso debate com o movimento associativo e
sindical, resultado de muita luta dos trabalhadores. Desde então, a Caixa paga
70% das despesas assistenciais e aos usuários cabem os outros 30%, modelo
que vem se mostrando plenamente sustentável. Contudo, nós
trabalhadores da Caixa nos deparamos com o risco de perder esse direito.
O Saúde Caixa acumulou superávit que chegava a R$ 670 milhões em 2016.
Dados mais recentes permanecem restritos à gestão do banco, que não deu
ainda a devida transparência ao relatório atuarial de 2017. Essa mesma gestão
vem sucateando nosso plano de saúde e precarizando a estrutura de
atendimento aos usuários.
As resoluções publicadas pelo Governo e a recente alteração no estatuto da
Caixa propõem um limite correspondente a 6,5% da Folha de Pagamento para
a participação da Caixa nessas despesas, à revelia do que prevê o Acordo
Coletivo de Trabalho (ACT). Isso significa que, uma vez implementadas essas
alterações, o Saúde Caixa ficará mais caro e inacessível a todos nós, em
especial, aos aposentados. Seremos gradativamente expurgados.
Quantos de nós ativos serão prejudicados, quantas famílias perderão o acesso
a essa tão importante política de assistência à saúde? Quantos de nós
aposentados, após uma vida inteira de trabalho, não poderão mais contar com
o plano?
Para valorizar nosso plano de saúde e promover uma ampla mobilização em
defesa deste importante direito, lançamos a campanha Saúde Caixa: eu
defendo. Isso porque nós precisamos dessa assistência à saúde, porque é
nosso direito, porque nossas famílias contam com isso, porque muitos
aposentados sofrerão com essa perda.
Não vamos permitir a extinção do Saúde Caixa.
Hoje, é Dia de Luta para todos nós.
Saúde Caixa: nós defendemos
#SaúdeCaixaEuDefendo