Mesmo lucrando cada vez mais, bancos insistem em assédio moral

Publicado em: 03/05/2010
Mesmo lucrando cada vez mais, bancos insistem em assédio moral

Os bancos voltaram em abril a subir os juros, de acordo com estudo apresentado na última quinta-feira pelo Banco Central. As taxas, que já estavam bem acima da Selic, subiram tanto para pessoa física quanto para jurídica.

A cobrança média subiu de 34,2% em março para 35% em abril, segundo levantamento. O aumento maior foi nos empréstimos para pessoas físicas, de 41% para 42,2% ao mês.

Nos financiamentos para empresas, a taxa passou de 26,3% para 26,7% no mesmo período e também ao mês. A Selic está em 9,5% ao ano.

O lucro dos bancos também supera as expectativas. O Bradesco divulgou lucro líquido de R$ 2,103 bilhões no primeiro trimestre do ano, uma alta de 22,1%. O Santander/Real alcançou um lucro de 2.215 milhões de euros (2,922 milhões de dólares) somente no primeiro trimestre de 2010.

Mesmo com uma política econômica favorável para o setor e com juros exorbitantes, os banqueiros não satisfeitos continuam intensificando a exploração sobre os bancários.

“Além de assediarem moralmente os funcionários para o cumprimento de metas, os bancos resistem muito na adoção de medidas que valorizem os bancários. É preciso muita mobilização para obter avanços”, explica o presidente do Sindicato dos Bancários de Petrópolis e São José do Vale do Rio Preto, Luiz Cláudio da Rocha. 

“Classifica-se como assédio moral as condutas abusivas e intencionais que ocorrem com certa frequencia e que atingem a dignidade do trabalhador, resultando em constrangimento e atacando sua dignidade. Quem sofrer assédio moral não pode ficar calado, tem que denunciar ao Sindicato, para que essa prática possa ser combatida”, esclarece Luiz Cláudio.




Fonte: Seeb Petrópolis e Seeb São Paulo