‘Modernização’ trabalhista, vendida como solução, fechou duas vezes mais vagas do que criou

Publicado em: 02/08/2019
‘Modernização’ trabalhista, vendida como solução, fechou duas vezes mais vagas do que criou

Em sua rápida tramitação pela Câmara e pelo Senado, até ser aprovado, há dois anos, o projeto do Executivo que resultou na Lei 13.467, de “reforma” trabalhista”, foi apresentado como solução para o mercado de trabalho, que precisava se modernizar para permitir a criação de empregos, algo que a legislação “atrasada” não permitia. O então ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, chegou a declarar que esperava a abertura de 2 milhões de vagas no ano passado e neste, em consequência de postos de trabalho que deixariam a informalidade. Então ministro, Henrique Meirelles, falou em 6 milhões, sem especificar período. Os dados do próprio governo apontam no sentido contrário: a “modernização” mais fechou do que abriu empregos no país.


“Foi um equívoco alguém um dia dizer que essa lei ia criar empregos, disse em junho, em entrevista à BBC Brasil, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Brito Pereira. “O que cria empregos são os programas de incentivo à produção, que gera bens, permite o consumo e faz girar a economia”, acrescentou o ministro, reverberando o que dizem vários economistas, refratários à “reforma” da forma como foi implementada.