Negociação com a Fenaban começa mal

Publicado em: 09/08/2012
Negociação com a Fenaban começa mal

As negociações da Campanha Salarial começaram muito mal. A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) rejeitou todas as reivindicações da categoria com relação ao emprego. Os bancos não aceitaram nem sequer discutir a ampliação do quadro de funcionários para acabar com a sobrecarga e melhorar o atendimento prestado à população, bem como o fim das demissões imotivadas.


Os bancários defendem ainda o fim da terceirização e dos correspondentes, mas, a Fenaban também rejeita a proposta e ainda informa que as práticas eliminam os problemas com relação à demanda nas agências e que vão continuar praticando. O que os bancos não explicam é que os terceirizados não têm direitos garantidos e os correspondentes não oferecem segurança.  O mesmo acontece com a alta rotatividade no setor. Além de negarem a prática, os dados dos bancos não batem com o levantamento apresentado pelo Comando Nacional.


Na rodada de negociação sobre saúde, realizada ontem, dia 08/08, a discussão foi sobre uma das principais reivindicações da categoria, o fim das metas e novamente a Fenaban foi taxativa e disse que a prática é apenas desafiadora, portanto, vai continuar.  A Federação Nacional dos Bancos ainda informou que os casos de assédio moral são isolados. Mas, uma pesquisa realizada recentemente comprova que cerca de 80% dos bancários já foram vítimas de assédio nas agências.


Com relação ao programa de reabilitação, os banqueiros ficaram de verificar quais empresas vão aderir. Nos demais itens de saúde, a Fenaban enrolou e deixou para debater apenas na próxima rodada de negociação, que acontece na próxima quarta-feira, dia 15/08. Os bancos estão na contramão do desenvolvimento do país e os números comprovam.


Apesar de ser o mais lucrativo da economia, no ano passado ultrapassou os R$ 50 bilhões, o setor bancário é o que menos oferece oportunidade de trabalho.