Negociações coletivas 2018

É consenso que o cenário para as negociações coletivas de 2018 não é dos mais favoráveis para os trabalhadores. Números da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) mostram que está mais difícil concluir a negociação este ano. A quantidade de negociações fechadas caiu 39,6% no primeiro semestre de 2018 em relação ao mesmo período do ano passado.
Além da crise pela qual passa o país, que se expressa cabalmente nos mais de 13 milhões de brasileiras e brasileiros desempregados e no número recorde de desalentados (pessoas que já até desistiram de procurar emprego), tem-se ainda a vigência da reforma trabalhista.
Uma das alterações mais perversas que essa reforma trabalhista trouxe foi o fim da ultratividade, mecanismo pelo qual estava garantida a continuidade das conquistas logradas pelo sindicato em negociação coletiva anterior até o estabelecimento de um novo acordo. Ou seja, o que é pactuado doravante vale apenas durante a vigência do acordo ou convenção, trazendo vulnerabilidade e riscos de retrocesso aos trabalhadores e trabalhadoras. A importância do tempo para fechar a negociação passa a ser ainda mais crucial.
Assim, por causa da reforma, de agora em diante cada negociação envolve desafio maior para manter o que já havia sido conquistado anteriormente.