NO HSBC A LUTA CONTINUA

No último dia 21 de março (sexta-feira), os diretores do SinBancários Petrópolis, promoveram um ato público em frente a agência do HSBC da Posse, repudiando a atitude da instituição em encerrar suas atividades no próximo dia 11 de abril.
Além de falações, durante o ato, os diretores do sindicato começaram a recolher assinaturas de clientes e usuários em um abaixo-assinado para ser entregue ao banco. O Presidente do SEEB Rio, Almir Aguiar, o diretor da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e do Espiríto Santo (Fetraf RJ/ES), Paulo de Tarso, junto com os vereadores, Anderson Juliano e Ronaldo Medeiros, também participaram do ato.
Durante os dias 24 a 28 de março, os diretores do Sindicato permaneceram acampados na porta do banco recolhendo assinaturas junto a população da Posse contra o encerramento das atividades da única agência bancária na localidade. Essas 1.181 assinaturas, juntamente com algumas declarações de empresários, comerciantes, clientes antigos, fotos, documentários da imprensa e também uma moção de repúdio feita pela câmara de vereadores do município, farão parte de um dossiê que será entregue à direção do banco nesta semana, com data a ser confirmada e contará com a presença da direção da CONTRAF-CUT, vereadores do município e da direção do nosso sindicato.
Em reunião ocorrida na semana retrasada com o Sr. Marcos Safadi, diretor regional do banco, a diretoria do sindicato demonstrou a preocupação com a garantia de emprego dos bancários lotados naquela agência que foi informada que todos os funcionários seriam realocados nas agências próximas e que a orientação do fechamento estava vindo da direção do banco. Durante a reunião, ao ser indagado pelo presidente do sindicato, Luiz Claudio Rocha, o Sr. Marcos teria se colocado a disposição caso fosse chamado para dar esclarecimentos naquele distrito, porém, depois de alguns telefonemas do vereador Ronaldo Ramos sem êxito, o Sindicato manteve comunicação com o diretor regional e o mesmo alegou não ter agenda, fato que lamentamos.
Instalado há 35 anos na Posse, o banco alega que o local não atende mais as expectativas comerciais da empresa e informa que os correntistas já foram comunicados que terão suas contas transferidas para a agência de Itaipava, que fica aproximadamente 20 quilômetros de distância.
O distrito conta com incentivos fiscais para atrair novas empresas, mas, como será implantado um polo industrial em uma localidade que não tem banco? Diferentemente daquilo que prega (“Os clientes são o nosso bem mais precioso. É por isso que investimos tanto para estar onde você estiver, em qualquer momento da sua vida” e “O HSBC Bank Brasil é uma empresa consciente de seu papel na sociedade”), quando o banco vai começar a escrever uma história condizente com a imagem que tenta vender aos seus clientes?
“Nosso repúdio é contra a postura da empresa, que só visa altos lucros, em detrimento do bem estar social e da saúde dos trabalhadores. Banco esse que desde o seu ingresso no mercado brasileiro há 17 anos atrás, vem explorando, adoecendo seus colaboradores, mesmo tendo adquirido naquela ocasião, a preço de banana o então, banco Bamerindus. Esperamos que possa ainda ter alguma sensibilidade por parte da direção do banco, no clamor daquelas pessoas que ao longo de 35 anos de história naquele local, continuam fiéis como correntistas, usuários, que gostariam da continuidade dos serviços”, relata o funcionário do banco HSBC e diretor do sindicato, Jorge Papoula.