No mundo, são poucos com muito dinheiro

Publicado em: 12/07/2017
No mundo, são poucos com muito dinheiro

Rico cada vez mais rico. Pobre cada vez mais pobre. Parece clichê, mas a máxima vale até para o período de crescimento lento da economia global. Segundo relatório do BCG (Boston Consulting Group), os ricos representam apenas 1% da população mundial, mas detêm 45% da riqueza de US$ 166,5 trilhões do planeta. A estimativa é de que até 2021 controlem mais da metade da riqueza mundial.


O crescimento da desigualdade não é surpresa. Nas últimas décadas, os ricos têm concentrado as maiores fatias de renda. A política neoliberal faz com que as empresas batam recorde de lucratividade, mas, em compensação, o salário dos trabalhadores permanece estagnado. 


O movimento é observado especialmente no ramo bancário brasileiro. Relatório da Oxfam, divulgado em janeiro, aponta que, em 2015, cada diretor de banco ganhava em torno de R$ 5 milhões, valor 124 vezes maior do que o recebido pelos escriturários.


No ano passado, a diferença aumentou ainda mais. Um executivo recebeu, em média, R$ 7 milhões, ou 144 vezes o que ganhou no mesmo ano um escriturário, aumento de 29,1%.