O governo da retirada de direitos

Publicado em: 23/06/2016
O governo da retirada de direitos

    O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, defende que para o Brasil caminhar para “o amanhã”, fazer o que é aplicado no mundo hoje e facilitar a “competitividade”, precisa superar a legislação trabalhista criada por Getúlio Vargas. “(Os trabalhadores) vão ver que a gente não tem saída”, disse, ao defender o fim da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) durante palestra sobre o PL da Terceirização (Projeto de Lei Complementar 30/2015), em São Paulo. Segundo ele, o PLC 30 deve ser votado pelo Senado com “alguma rapidez”.

    “Essa questão do pactuado versus legislado, com sobreposição do pactuado sobre o legislado, isso é o mundo”, defendeu. “Todo mundo (está) tentando buscar o pleno emprego. Então tem que se facilitar as formas de contratação.”

    O que os empresários apoiam é a retirada de direitos, ampliação da terceirização, fim da CLT, aposentadoria só aos 65 anos. Para a presidenta do  Seeb/SP, Juvandia Moreira. “Precarização não cria empregos em nenhum lugar do mundo, somente desigualdade social”.

     Somente as 62 pessoas mais ricas do mundo detêm tanto capital quanto a metade mais pobre da população mundial. Neste grupo estão incluídos banqueiros, donos de empresas conhecidas pela exploração abusiva de mão de obra e empresários que fizeram fortuna com a exploração de recursos naturais finitos.

    O mesmo Padilha que propõe cortar direitos dos trabalhadores, teve seus bens bloqueados pelo Ministério Público Federal (MPF), que pediu à Justiça Federal, ainda, a devolução de R$ 300 mil em uma ação de improbidade administrativa. O peemedebista é acusado de ter mantido uma funcionária “fantasma” em seu gabinete na época em que era deputado federal.