Pedro Guimarães: Caixa paga R$ 14 milhões em acordos

Publicado em: 26/09/2024
Pedro Guimarães: Caixa paga R$ 14 milhões  em acordos

A Caixa Econômica Federal foi condenada a pagar R$ 14 milhões em indenizações e acordos trabalhistas relacionados a casos de assédio moral e sexual durante a gestão de Pedro Guimarães, ex-presidente da instituição.

Os processos envolvem tanto funcionários que sofreram abusos quanto um caso de maior repercussão, no qual a viúva do ex-diretor de Controles Internos e  Integridade, Sérgio  Batista, pede  R$ 40 milhões,  alegando que o suicídio de seu marido, ocorrido em 2022 na sede da Caixa, foi resultado de pressões no ambiente de trabalho.

Além da cifra milionária já desembolsada, a Caixa fechou um acordo de R$ 10 milhões com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para encerrar investigações sobre os episódios de assédio moral e sexual.

Outras condenações incluem o pagamento de R$ 3,5 milhões em processo movido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, referente a um episódio no qual Guimarães obrigou funcionários a fazer flexões. Em outro caso, um funcionário foi indenizado em R$ 52 mil por ter sido forçado a comer pimenta.

Rita Serrano, ex-presidente da Caixa, determinou que o banco cobrasse de Pedro Guimarães os valores pagos em multas e indenizações. Entretanto, ainda não se sabe se o atual presidente, Carlos Antônio Vieira Fernandes, dará continuidade a essa medida.

Enquanto as indenizações avançam na esfera trabalhista, as mulheres que acusam Pedro Guimarães de assédio sexual aguardam o andamento do processo criminal. A defesa de Guimarães nega todas as acusações, afirmando que “ele jamais praticou crimes” e critica a investigação conduzida pela Caixa, alegando falta de isenção.

A Caixa informou que reforçou suas políticas internas para combater o assédio e proteger denunciantes, mas o impacto na credibilidade e imagem da instituição continua difícil de ser calculado, já que os danos vão além dos valores financeiros.