Pedro Guimarães vira réu por assédio sexual contra empregadas da CAIXA
O ex-presidente da CAIXA, Pedro Guimarães, agora é réu em ação criminal em que ele é acusado de assédio sexual contra dezenas de empregadas do banco público. O movimento sindical realizou, à época das denúncias, uma ampla campanha contra o assédio sexual nos bancos, o que resultou na inclusão de cláusulas sobre o tema na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.
No momento em que vieram à tona depoimentos de vítimas, o caso era investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) sob sigilo. Nesta semana, a Justiça Federal aceitou a denúncia ajuizada em Brasília pelo MPF, a partir da investigação oficial aberta para apurar os episódios. A partir de agora, Guimarães passa a responder criminalmente pelas denúncias de assédio.
Diante do escândalo, Pedro Guimarães deixou o cargo um dia após a publicação de reportagem no portal Metrópoles. Na matéria, um grupo de empregadas relataram toques em partes íntimas sem consentimento, além de falas, abordagens e convites inconvenientes e desrespeitosos. O ex-presidente do banco também foi alvo de denúncias de assédio moral.
Guimarães era um dos integrantes do governo de Jair Bolsonaro mais próximos do então presidente. O processo contra o ex-presidente da CAIXA corre em segredo na Justiça Federal do Distrito Federal. A denúncia é acompanhada por dezenas de depoimentos em vídeo prestados aos procuradores por vítimas e testemunhas dos casos de assédio.