Pela igualdade de oportunidades na sociedade e nos bancos

A promoção de políticas para eliminar desigualdades e discriminações de raça, cor, gênero, idade ou orientação sexual (LGBTQ) nos locais de trabalho é muito importante para os bancários.
A categoria, uma das primeiras a ter, desde o ano 2000, a igualdade de oportunidades como cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho, também foi pioneira na realização do Censo da Diversidade.
A primeira edição da pesquisa feita junto a trabalhadores e trabalhadoras de bancos públicos e privados foi realizada em 2008 e a segunda em 2014.
Os bancários contam também com uma comissão bipartite, composta por representantes dos trabalhadores e dos bancos. A cada três meses eles se reúnem para debater o tema e desenvolver propostas, com base no Censo da Diversidade, de orientação dos empregados, gestores e empregadores. O objetivo é prevenir eventuais distorções que levem a atos e posturas discriminatórias nos ambientes de trabalho e na sociedade de forma geral.
Os bancos reproduzem de certa forma a sociedade em que estão inseridos e onde o machismo (61%) é o preconceito mais arraigado, seguido pelo racismo (46%), LGBTfobia (44%) e gordofobia (30%). Esses dados foram usados na quinta rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2018, na quarta-feira (1º), para contextualizar o momento que o país está vivendo e que interfere no mercado de trabalho com dificuldade de ascensão profissional.
Mesmo sendo praticamente metade da categoria, as mulheres ganham em média 23% menos que os homens e, apesar do alto nível de escolaridade, ocupam menos cargos de gerência e diretoria. O mesmo se dá com os negros. Metade da população brasileira, os pretos correspondem a 3,4% da categoria e os pardos a 21,4% (de acordo com o censo de 2014).