Planos de venda do HSBC incluem até fatiamento

O Bradesco tem até o começo de agosto para fechar a compra do HSBC no Brasil. O prazo para negociar com exclusividade foi obtido na semana passada. Se até lá não houver acordo, o Santander volta ao páreo. Há ainda quem aposte numa oferta surpresa do Itaú Unibanco, que até agora se fez de desinteressado.
Sexto colocado no ranking, o HSBC é o último grande banco à venda no país; tão cedo não deve aparecer chance igual. Sua compra representaria levar de uma só vez 2,3% de um mercado liderado pelo centenário Banco do Brasil, cuja fatia é de 20%. Com uma rede de 853 agências, uma carteira de clientes de alta renda e receitas de R$ 10,6 bilhões no ano passado, o banco pode ser vendido por um valor entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, segundo cálculos do Credit Suisse.
O detalhe é que a instituição que virou alvo de disputa entre os grandes bancos foi colocada à venda pela matriz em Londres porque não consegue crescer e dá prejuízo.
A meta do Goldman Sachs, contratado pelo HSBC para fazer a venda, é concluir o processo até o início de agosto, mas o prazo pode se estender. Se tudo der errado, profissionais ligados ao HSBC dizem que as áreas de negócio, como a seguradora e a financeira, podem ser vendidas separadamente, até que não sobre mais nada no país.