Por lucrar com estresse de bancários, Santander é processado em R$ 460 mi

Publicado em: 10/04/2017
Por lucrar com estresse de bancários, Santander é processado em R$ 460 mi

O Ministério Público do Trabalho ajuizou ação civil pública contra o banco Santander pedindo uma indenização de R$ 460 milhões por danos morais coletivos por adotar um modelo de organização do trabalho de seus empregados baseado na gestão por estresse e em assédios morais visando ao cumprimento de metas. Isso teria causado danos à saúde de trabalhadores, afastamentos teriam representado um prejuízo ao INSS da ordem de R$ 90 milhões. O MPT também pediu à Justiça que o banco fique impedido de fazer negócios com o poder público por dez anos.


O MPT também já requisitou a instauração de inquérito pela Polícia Federal para apurar se diretores do banco e outros gestores seriam responsáveis por colocar a vida de empregados em risco e também por lesão corporal e constrangimento ilegal.


Segundo a ação civil pública, o banco adota metas excessivamente elevadas e as aumenta constantemente, aplica cobranças excessivas e sobrecarga de trabalho, mantém empregados sob ameaça constante de demissão pelo não cumprimento das metas e desconta da produtividade quando clientes realizam saques em aplicações financeiras. Esse modelo de cobrança por metas, segundo o MPT, tem levado a prejuízos também aos consumidores, que acabam sendo vítimas de vendas casadas ''empurradas'' ou outras práticas ilegais.