Precisamos falar sobre assédio sexual

Publicado em: 21/01/2019
Precisamos falar sobre assédio sexual

Apesar de ser um problema quase invisível, o assédio sexual é mais comum do que se imagina. Em um banco onde a maioria do quadro funcional é composto por mulheres, como o Santander, é fundamental que o assunto seja tratado como realmente é: um crime, que precisa ser denunciado, apurado e punido.


Segundo dados de pesquisa DataFolha sobre o tema, realizada em 2018, 42% das brasileiras disseram que já sofreram assédio sexual e, destas,15% foram vítimas do crime no ambiente de trabalho. Uma forma de fazer com que estes crimes não fiquem impunes é denunciar.


Em uma categoria em sua maioria feminina, já que na base de atuação do Sindicato dos Bancários de São Paulo, mais de 52% são mulheres, fazer este debate se torna ainda mais urgente. Na pesquisa DataFolha, 11% relataram já ter sofrido abuso verbal enquanto 2% relataram abusos sexuais físicos no ambiente de trabalho.


“Isso não é um mero desvio de conduta, mas é um crime e deve ser tratado como tal. O banco tem tido posturas pertinentes, afastando os acusados e apurando os casos, mas o número de ocorrências é pequeno. A pergunta que fica é: os casos estão realmente diminuindo ou existe uma subnotificação deste tipo de crime?”, questiona a dirigente sindical e funcionária do Santander, Lucimara Malaquias.


Segundo Lucimara, o Santander tem manifestado, por meio de seu presidente, ser totalmente a favor da diversidade e contra a discriminação. "Então solicitamos que sejam feitas campanhas permanentes de conscientização sobre o assédio sexual no ambiente de trabalho."