Pressão dos trabalhadores leva o Supremo a adiar a votação sobre a terceirização

Publicado em: 10/11/2016
Pressão dos trabalhadores leva o Supremo a adiar a votação sobre a terceirização

O julgamento sobre a liberação da terceirização irrestrita foi adiado. Uma nova data será marcada. A decisão do STF seria divulgada ontem, quarta-feira (09/11). Mais de mil trabalhadores de diversas categorias protestaram na frente do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, contra a regulamentação da prática, que precariza ainda mais as relações de trabalho.


Estava na pauta de ontem (09/11), a ação movida pela companhia Cenibra contra a decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), que definiu a terceirização praticada pela empresa como "transferência fraudulenta e ilegal" de mão de obra, uma vez que era realizada na atividade-fim. Se os ministros aceitarem o recurso, será invalidado o entendimento atual de que é ilegal a terceirização das atividades-fim das empresas, previsto na Súmula 331 do TST.


Apesar do adiamento, a resistência e a mobilização têm de continuar, sobretudo, na atual conjuntura. Nas últimas votações, o STF tem deliberado contra os trabalhadores, a exemplo do direito à desaposentação e o corte do ponto dos servidores em greve. Os diretores do SindBancários, Geraldo de Oliveira e Sávio Barcellos, participaram do ato em Brasília.