Proteção aos empregos: NÃO!

Publicado em: 03/09/2009
Proteção aos empregos: NÃO!

Uma série de propostas de proteção aos empregos foi ignorada pela Fenaban na segunda rodada de negociação com o  Comando Nacional no último dia 27 de agosto.

    Conduzimos um debate qualificado com base em dados que indicam a possibilidade de mais contratações de acordo com a Convenção 158 da OIT (que proíbe demissões imotivadas).


Os banqueiros no entanto, não aceitaram discutir qualquer proposta, inclusive a de garantir negociações sobre os empregos nos processos de fusão. Para os representantes dos banqueiros, cada banco deve ter sua própria política de emprego e isso não faz parte da Fenaban.


Jornada – Os trabalhadores cobraram respeito à jornada, ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho e o controle do tempo dos clientes nas filas, com a manutenção de no mínimo cinco caixas por agência e uma quantidade de caixas eletrônicos que não exceda o dobro do número de caixas humanos. Tudo isso para melhorar o atendimento e reduzir o ritmo de trabalho dos bancários. Para a Fenaban isso não é questão trabalhista.

Transparência – A Fenaban, que se colocou acima até da OIT, dizendo que a Convenção 158 deve ser revista, manteve como premissa a falta de transparência na negociação com os bancários. Negou-se a passar aos representantes dos trabalhadores, os dados fornecidos para o Ministério do Trabalho (Caged e Rais) sobre as condições de emprego e desemprego no setor.

Ultratividade – Ficou garantida na negociação desta quinta-feira a ultratividade do acordo, ou seja, prorroga a vigência do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) até 31 de setembro, mantendo a data-base da categoria em 1º de setembro.


    “Essa postura do banco é realmente absurda, lembramos que os bancos precisam contratar para melhorar o atendimento e não incentivar demissões”, diz, Sávio Barcellos, diretor do Sindicato.