"BB precisa se responsabilizar", afirma William Mendes

Publicado em: 02/04/2015
"BB precisa se responsabilizar", afirma William Mendes

Em entrevista concedida nesta semana, o diretor eleito de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi, William Mendes, afirmou que "o Banco do Brasil precisa se responsabilizar também pela solução do problema da Cassi, que já vem de longe, e nós estamos apresentando um modelo de sistema de saúde com maior perspectiva de perenizar a nossa Caixa de Assistência". William, que também é secretário de formação da Contraf-CUT, falou sobre a situação financeira da Cassi e a postura adotada pelo BB diante do problema. Também fez um resumo do que está em discussão sobre a questão do déficit do Plano de Associados e as propostas dos representantes do Corpo Social para a solução e o fortalecimento da Cassi e da saúde de seus associados e familiares.


O Banco do Brasil afirma em mesas de negociação com as entidades sindicais que não aceita discutir com a Comissão de Empresa da Contraf-CUT o tema Cassi porque, segundo ele, os funcionários já têm seus representantes eleitos na governança da entidade. Entretanto, na governança da Cassi, chegamos a um impasse ao final de 2014 porque o orçamento da entidade para o exercício de 2015 previa novo déficit no Plano de Associados (este plano tem déficits há anos) e, com isso, o Banco do Brasil, através de seus representantes na governança, propôs na peça orçamentária para 2015, aumentar a mensalidade dos associados em 50%, indo da atual contribuição de 3% sobre o salário para 4,5%. Como o banco sabe que não pode aumentar a mensalidade sem aprovação do Corpo Social, e isso naturalmente tem um processo que pode durar meses, o BB propôs na mesma peça orçamentária de 2015, o corte de diversos direitos em saúde, como suspensão de programas de cuidados (Atenção aos Crônicos e Assistência Farmacêutica), e propôs aumentar diversas coparticipações nas consultas, exames e até franquias de R$1.500,00 nas internações, o que prejudicaria sobremaneira as pessoas com mais dificuldades e quebraria a solidariedade no modelo de saúde da Cassi.