Reação a imposição do plano de função no BB

Publicado em: 07/02/2013
Reação a imposição do plano de função no BB

Com a imposição do novo plano de função, a direção do Banco do Brasil está tentando infligir uma grande derrota aos seus funcionários, mesmo após os avanços por eles conquistados na Campanha Nacional 2012.


Combate ao assédio moral; caixas executivos contemplados no plano de carreira; primeira promoção após 90 dias de trabalho; fim das restrições nas remoções dos bancários; manutenção da cláusula contra descomissionamento; mesa para discutir melhoria dos critérios para ascensão profissional; unificação dos atendentes da CABB; e garantia de que nenhum escriturário receberá PLR menor do que o piso da Fenaban são só algumas das conquistas alcançadas, além do aumento real no salários, vale alimentação e vale refeição e outros.


Mas se por um lado os funcionários avançaram, por outro estão sofrendo ataque na jornada de seis horas, já que a direção do Banco do Brasil, por meio do plano de comissões proposto unilateralmente, está se valendo de artifícios para burlar direito alcançado ainda na década de 30.


No novo plano, cerca de 22 mil funcionários terão de optar por manter os cargos de oito horas ou reduzir a jornada para seis horas. No entanto, além de ter imposto todo o planejamento, a direção da instituição também reduz salários de quem optar pela redução.


O novo plano altera também os cargos de oito horas, mudando nome de funções e atribuições e dando prazo de seis dias para que o funcionário aceite a nova função por meio da assinatura de um documento. Quem não aceitar corre o risco de ser descomissionado.


O banco se comprometeu a fazer as modificações no plano de comissões já em setembro do ano passado, mas não fez negociações e impôs no dia 28/01 este plano de forma vergonhosa, obrigando alguns funcionários a assinarem um termo em um prazo de seis dias, sob pena de descomissionamento, o que não passa de uma coação.


O Sindicato juntamente com a FEEB RJ/ES buscará medidas judiciais para suspender o prazo que a direção do BB deu aos seus funcionários para a assinatura do documento.


“Na Plenária realizada no dia 31 de janeiro, foi orientado para que os funcionários leiam todos os informes que a instituição divulgar; não tomem nenhuma decisão relativa à mudança de função e de jornada de trabalho e também façam a simulação no sistema e imprimam” informou o presidente do Sindicato Luiz Claudio Rocha.