Reforma da Previdência completa 3 anos com alívio nas contas públicas, mas, dificuldades para segurados

Publicado em: 14/11/2022
Reforma da Previdência completa 3 anos com alívio nas contas públicas, mas, dificuldades para segurados

Há três anos, o Congresso promulgava a reforma da Previdência  e, com ela, uma série de novas regras para a aposentadoria de trabalhadores do setor privado e servidores públicos federais.

As mudanças incluem a fixação de uma idade mínima para se aposentar (65 anos para homens e 62 anos para mulheres), com regras de transição para quem já trabalhava quando a reforma foi aprovada e com uma nova base de cálculo para o benefício que trouxe alívio para os cofres do governo.

 Ainda que os dados tragam alívio às contas públicas, os impactos financeiro e emocional àqueles que tiveram seus sonhos de aposentadoria adiados ainda pesam para a população. Sem contar aqueles que recebem pensão por morte ou auxílio por incapacidade permanente. As novas regras foram bem duras para essa população e isso acaba sendo um desestímulo à contribuição previdenciária, o que acaba gerando um efeito contrário ao pretendido pela reforma no longo prazo.

Além do adiamento da aposentadoria, especialistas também citam o valor menor do que o previsto após as mudanças trazidas pela reforma como um fator de atenção. Esse cenário não apenas aumentou a demanda pela previdência complementar como também há mais casos de pessoas que devem continuar trabalhando para complementar a quantia recebida pelo benefício.

A expectativa, segundo os especialistas, é que o governo ainda revise as alterações feitas pela reforma. Segundo Adriane Bramante, há discussões sobre o tema que estão paradas no Congresso e que podem ser importantes para diminuir esses impactos.